Atualidades de Saúde
19 de novembro | Dia Mundial da DPOC
Cerca de 40% das pessoas com DPOC reduziram ou abandonaram a atividade profissional(1). O impacto económico global pode ultrapassar os 3,5 mil milhões de euros até 2050(2)
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é a terceira principal causa de morte a nível mundial(3), afetando centenas de milhões de pessoas em todo o mundo(4).
Lisboa, 19 de novembro de 2025 — Dados da coligação Speak up for COPD mostram que cerca de 40% das pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) têm de reduzir o horário de trabalho ou até mesmo deixar de trabalhar(3). O alerta é dado no Dia Mundial da DPOC, a terceira causa de morte a nível mundial e uma das mais subdiagnosticadas em Portugal(3).
Estima-se que a DPOC afete 213 a 390 milhões de pessoas em todo o mundo4, sendo uma das principais causas de internamento hospitalar(5,6,7). A prevenção e a deteção atempada são fundamentais para otimizar os resultados da DPOC(3).
Em Portugal, o estudo BOLD, publicado em 2013, revelou uma prevalência de 14,2% de DPOC entre adultos com mais de 40 anos na região de Lisboa(8), o que significa que cerca de 1 em cada 7 pessoas nesta faixa etária vivia com a doença. Este valor reflete uma carga considerável da DPOC na população, muitas vezes não reconhecida ou diagnosticada atempadamente, levando a limitações progressivas na respiração, perda de autonomia e maior probabilidade de internamentos.
A DPOC é uma doença respiratória crónica e progressiva, caracterizada por limitação persistente do fluxo aéreo, que tende a agravar-se ao longo do tempo(3). Quando não diagnosticada precocemente ou controlada de forma adequada, a DPOC pode agravar-se levando muitas vezes à necessidade de internamento – exacerbação grave, que é responsável por uma aceleração do declínio da função pulmonar(5). Estes episódios representam um ataque de pulmão, pela rapidez com que alteram o estado clínico e colocam o doente em risco.
Além dos sintomas respiratórios, o impacto socioeconómico é evidente: aproximadamente 40% das pessoas com DPOC reduziram a atividade profissional ou abandonaram o trabalho(1) e, à escala global, o custo acumulado da doença poderá exceder os 3,5 mil milhões de euros entre 2020 e 2050(2), caso não sejam implementadas estratégias nacionais robustas de prevenção, diagnóstico e gestão integrada.
Segundo José Albino, presidente da Associação RESPIRA, “a DPOC é silenciosa numa fase inicial, mas devastadora quando se revela. O exame que a confirma, a espirometria, continua a não ser feito de forma sistemática. Temos a doença, temos os meios, mas falta organização.” E acrescenta: “A DPOC rouba muito mais do que o fôlego. Rouba energia, autonomia e tempo de vida. Cada dia sem diagnóstico é um dia perdido para travar o avanço da doença.”
Em Portugal, dados apresentados no congresso WONCA 2025 (World Organization of Family Doctors), no âmbito do estudo Epi-Asthma, demonstram que a qualidade de vida relacionada com a saúde é significativamente reduzida em pessoas com DPOC; a dispneia grave e a multimorbilidade surgem como principais determinantes desta perda, com efeitos mensuráveis no EQ-5D(9). A redução da qualidade de vida é, por sua vez, um preditor relevante de morbilidade e mortalidade(9), reforçando a urgência em garantir diagnóstico atempado, controlo da dispneia e abordagem sistemática das comorbilidades.
“A DPOC não é invisível. Apenas não está a ser procurada da forma certa. Detetar atempadamente é o primeiro passo para salvar vidas, pois o ataque do pulmão aumenta o risco de ataque do coração!”, conclui José Albino.
Com o objetivo de melhorar o percurso da pessoa com DPOC em Portugal, a AstraZeneca reforçou este ano a colaboração com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) para o desenvolvimento do estudo COPD-Link, que permitirá caracterizar o perfil das pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), as trajetórias clínicas e os padrões de tratamento em Portugal.
“Enquanto companhia farmacêutica estamos comprometidos em continuar a gerar mais evidência sobre a DPOC, uma patologia altamente debilitante e com impacto para o sistema de saúde, com o objetivo de contribuir para um diagnóstico mais precoce, garantir um melhor acompanhamento e tratamento destes doentes em Portugal“, salienta Hugo Martinho, Diretor Médico da AstraZeneca Portugal.
Sobre a DPOC
A DPOC é uma doença respiratória crónica e progressiva que causa limitação persistente do fluxo de ar, geralmente associada ao tabagismo e à exposição prolongada a poluentes.
Os principais sintomas incluem tosse, expetoração e falta de ar progressiva.
Apesar de não ter cura, pode ser controlada com diagnóstico precoce, cessação tabágica e acompanhamento médico regular.
Speak Up for COPD
É uma coligação de parceiros do setor não lucrativo e da indústria farmacêutica, com o objetivo de definir a DPOC como uma prioridade de saúde pública. O financiamento é fornecido por parceiros da indústria farmacêutica.(10)
Sobre a AstraZeneca
A AstraZeneca é uma companhia biofarmacêutica global orientada para a inovação, focada na investigação, no desenvolvimento e na comercialização de medicamentos de prescrição médica nas áreas de Oncologia, Doenças Raras e Biofarmacêutica, incluindo Cardiovascular, Renal e Metabólica; Respiratória e Imunológica e Vacinas e Terapêuticas Imunes. Opera em mais de 100 países e os seus medicamentos inovadores são utilizados por milhões de pessoas a nível mundial. Para mais informações e para conhecer as oportunidades na AstraZeneca Portugal visite www.astrazeneca.com e www.astrazeneca.pt.
Referências
1. Fletcher MJ, et al. BMC Public Health. 2011;11:612. DOI: https://doi.org/10.1186/1471-2458-11-612
2. Chen S, et al. Lancet Glob Health. 2023;11(8):e1183-e1193.DOI: https://doi.org/10.1016/S2214-109X(23)00229-8
3.Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD). Strategy Report 2024. https://goldcopd.org/2024-gold-report-2
4.Adeloye D, et al. Lancet Respir Med. 2022;10(5):447–458. DOI: https://doi.org/10.1016/S2213-2600(22)00028-0
5.Canadian Institute for Health Information. Hospital Stays in Canada 2022–2023. https://www.cihi.ca/en/hospital-stays-in-canada
6. Lung Foundation Australia. 2022. Transforming the agenda for COPD: A path towards prevention and lifelong lung health. Lung Foundation Australia;
7. Salah HM, Minhas AMK, Khan MS, et al. 2021. Eur Heart J Open 1(1): oeab001.
8. Bárbara C, et al. Prevalência da DPOC em Lisboa (BOLD). Rev Port Pneumol. 2013;19(3):96-105. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rppneu.2012.11.005
9. Rodrigues M, et al. Determinants of HRQoL in COPD in Portugal. Poster apresentado no WONCA 2025.
10. https://www.myastrazeneca.pt/home/news/dpoc-crise-pulmonar.html acedido em novembro de 2025
