Atualidades de Saúde



Dia Mundial da Hipertensão: rastreios gratuitos alertam para os perigos da "doença silenciosa”
- Identificar novos casos, sensibilizar para a importância de manter os valores da pressão arterial controlados e incentivar a adesão à terapêutica são alguns dos objetivos desta iniciativa da Sociedade Portuguesa de Hipertensão.
Lisboa, 8 de maio de 2025 – Quando as doenças são silenciosas, o desafio do tratamento é ainda maior, como mostram os dados do estudo ‘Adesão à Terapêutica, barreiras, consequências e soluções – a Visão dos Portugueses’, que confirma que cerca de um quarto (24,8%) dos doentes crónicos em Portugal admitem esquecer-se frequentemente da medicação e 16,4% acabam por não a tomar. No caso da hipertensão arterial, a ausência de sintomas leva muitos a subestimarem a gravidade da sua condição e a importância do tratamento. É para combater esta realidade que a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) organiza, no âmbito do Dia Mundial da Hipertensão, uma campanha de rastreios gratuitos, com um duplo objetivo: identificar novos casos desta doença silenciosa e sensibilizar para a importância de manter os seus valores tensionais controlados, prevenir complicações cardiovasculares e melhorar a adesão ao tratamento.
No próximo dia 10, a edição deste ano da Feira da Educação e da Saúde, que se realiza no Jardim Vasco da Gama, em Belém, vai ser palco, entre as 10h00 e as 17h00, de rastreios e partilha de informação. Rastreios que vão também decorrer no dia 15, no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, abertos a toda a comunidade.
“A questão da hipertensão está longe de estar resolvida”, refere Fernando Gonçalves, presidente da SPH. “Temos problemas de prevenção, problemas de diagnóstico e temos problemas de adesão à terapêutica, assim como dificuldades de acesso dos doentes aos médicos”, pelo que considera iniciativas como estas importantes para sensibilizar e informar, não só a população em geral, mas também os profissionais de saúde.
Ações que ajudam a reforçar a partilha de informação e a literacia em saúde, que é um dos objetivos da Missão 70/26, uma iniciativa pioneira da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), em parceria com a Servier Portugal, que tem como objetivo controlar, até 2026, 70% dos doentes hipertensos com idades entre os 18 e os 64 anos, vigiados nos Cuidados de Saúde Primários*, e que, a menos de um ano de chegar ao fim, mostra uma tendência muito positiva. “Temos notado uma evolução crescente e acreditamos que vamos atingir o nosso objetivo. Começámos com um valor de metade, ou seja, só 52% daquelas pessoas entre os 18-64 anos que eram seguidas nos Cuidados de Saúde Primários tinham os seus valores controlados e podemos dizer que neste momento estamos com uma evolução positiva”, confirma Rosa de Pinho, presidente cessante da SPH para o biénio 2023-2025. Resultados que não deixam dúvidas: a Missão está no caminho certo.
Há ainda muito a fazer, sobretudo no que diz respeito às barreiras que os doentes hipertensos enfrentam no controlo da sua doença. Barreiras que, segundo Rosa de Pinho, se prendem com o facto de “a hipertensão ser uma doença silenciosa, que não dá sintomas, pelo que a pessoa, se não for procurar alguém para lhe medir a pressão arterial, não vai perceber se esta está elevada. Depois, sobretudo para algumas pessoas mais jovens, é ainda um pouco confuso terem de tomar medicação quando não sentem nada”.
Aqui, junta-se o facto de os doentes hipertensos não terem só hipertensão, mas, “muitas vezes, outros problemas de saúde, que fazem com que tenham a pressão arterial mais alta, nomeadamente excesso de peso. Em termos de custos, o nosso Ministério da Saúde comparticipa, em muitos, estes fármacos, mas a comparticipação poderia ser superior, como acontece com outras patologias, assim como podia haver também mais apoio para a aquisição dos aparelhos de medição da pressão arterial, que tornaria mais fácil medir em casa”.
Há ainda, refere a médica, a questão da literacia, ou falta desta. “Apesar das pessoas estarem mais conscientes hoje em dia, penso que ainda temos muito trabalho para fazer, porque ainda não percebem bem o impacto que a hipertensão pode ter, sobretudo em termos de incapacidade”, refere Rosa de Pinho, que defende “uma parceria com o Ministério da Educação, para que se possa começar mais cedo, nas escolas, a falar sobre estes temas”.
Sobre a Missão 70/26
A Missão 70/26 é uma iniciativa estratégica da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), desenvolvida em parceria com a Servier Portugal, que tem como objetivo melhorar o controlo da hipertensão arterial em Portugal até 2026. A missão visa, até essa data, controlar 70% dos doentes hipertensos com idades entre os 18 e os 64 anos, vigiados nos Cuidados de Saúde Primários*.
Esta iniciativa engloba várias ações, incluindo campanhas de sensibilização, programas de educação em saúde e o Prémio Missão 70/26, que visa apoiar projetos inovadores focados na melhoria dos cuidados prestados aos doentes.
Sobre a Servier Portugal
O início da atividade do Grupo Servier em Portugal remonta a 1964, mas foi em 1978 que a empresa se estabeleceu enquanto filial: nascia a Servier em Portugal. Atualmente com uma equipa de aproximadamente 150 colaboradores, a Servier Portugal dedica a sua atividade às áreas de Hipertensão, Dislipidemia, Doença Venosa Crónica, Doença Hemorroidária, Diabetes, Insuficiência Cardíaca, Depressão e Oncologia. Em específico na área de Oncologia com soluções terapêuticas para os Cancros Colorretal, Gástrico, Pancreático, Colangiocarcinoma e Leucemia Linfoblástica Aguda.
Fundada para servir a saúde, somos uma empresa farmacêutica internacional e independente, governada por uma fundação sem fins lucrativos com sede em Suresnes, França. Estamos comprometidos com o progresso terapêutico para responder às necessidades dos doentes com a ajuda de profissionais de saúde. Estamos profundamente cientes das nossas responsabilidades para com os doentes, médicos e profissionais de saúde. Mais informação: www.servier.pt.
* BI-CSP (Bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários).