A presente edição da nossa revista é dedicada às doenças da mulher. A saúde feminina é uma área que requer uma abordagem sensível e informada, dado que as condições que afetam as mulheres podem ter implicações significativas na qualidade de vida e no bem-estar geral. Como médicos de Medicina Geral e Familiar, desempenhamos um papel crucial na deteção, gestão e educação dos nossos doentes sobre estas questões.

Nesta edição, abordamos a dor crónica pélvica na mulher, um desafio muitas vezes subdiagnosticado e mal compreendido. A dor pélvica pode ter várias etiologias e exige uma abordagem multidisciplinar para garantir um tratamento eficaz e uma melhor qualidade de vida. O artigo sobre herpes genital oferece insights valiosos sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento, ajudando os clínicos a oferecer uma assistência mais completa.

Os cuidados médicos pré-natais são fundamentais para a saúde da mãe e do bebé. A nossa revisão nesta edição oferece orientações práticas sobre as melhores práticas para garantir uma gravidez saudável, abordando desde a nutrição até à deteção precoce de complicações.

Exploramos também o síndrome pré-menstrual e o transtorno disfórico pré-menstrual, condições que afetam uma parte significativa das mulheres em idade fértil. A compreensão e a gestão eficaz desses distúrbios são essenciais para melhorar a qualidade de vida das nossas doentes, e os artigos apresentados fornecem ferramentas práticas para o diagnóstico e tratamento.

Incluímos ainda guidelines sobre dermatite atópica, uma condição cutânea bastante prevalente. As guidelines são uma ferramenta útil para guiar a prática clínica e garantir que os doentes recebam os melhores cuidados de acordo com a melhor evidência científica.

Adicionalmente, temos um artigo extra simpósio sobre tumores benignos da pele, um tema de interesse crescente na dermatologia e que merece atenção no contexto dos cuidados de saúde primários.

Por fim, os conselhos aos doentes desta edição são dedicados ao síndrome de ovário poliquístico (SOP). Esta condição, que afeta uma em cada cinco mulheres, pode ter repercussões significativas na saúde reprodutiva e metabólica. Fornecer informações claras e práticas sobre o SOP é vital para capacitar as doentes a gerir da melhor forma possível a sua condição.

Convidamos todos os leitores a explorar os artigos desta edição e a refletir sobre a importância de uma abordagem integrada e centrada na mulher, promovendo uma medicina mais informada e humanizada.

Esperamos que esta edição seja uma fonte de inspiração e atualização, fortalecendo a vossa prática clínica e contribuindo para uma melhor saúde da mulher na nossa comunidade.

Boas leituras!